quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Obama elogia fim das restrições militares aos gays


Por Will Dunham
WASHINGTON (Reuters) - O presidente Barack Obama elogiou o fim da política de banir gays de servir abertamente nas Forças Armadas dos Estados Unidos, dizendo que sua extinção oficial na terça-feira marcava um importante passo em direção a cumprir os ideais de fundação do país.
'Hoje a lei discriminatória conhecida como 'Não Pergunte, Não Conte' foi finalmente e formalmente repelida', disse Obama em um comunicado divulgado pela Casa Branca. 'A partir de hoje, americanos patriotas em uniforme não terão mais que mentir sobre quem são a fim de servir o país que amam.'
A revogação entrou em vigor na terça-feira, introduzindo uma nova era nas Forças Armadas dos Estados Unidos. A lei permitia que homens e mulheres gays servissem no exército apenas se mantivessem sua orientação sexual em segredo. Eles corriam o risco de serem expulsos se falassem abertamente sobre sua homossexualidade.
Em dezembro passado, Obama assinou uma legislação para repelir a política conhecida como 'Não Pergunte, Não Conte', que fora aprovada pelo Congresso e virou lei em 1993 sob a presidência de Bill Clinton.
'Nossas Forças Armadas têm sido tanto um espelho quanto um catalisador daquele progresso, e nossos soldados, incluindo gays e lésbicas, deram suas vidas para defender a liberdade e as liberdades que prezamos como americanos', disse Obama.
'Hoje todo americano pode se orgulhar porque tomamos outro grande passo rumo a manter nossas forças armadas as melhores do mundo e rumo a cumprir os ideais de fundação de nossa nação', acrescentou o presidente.
Sob a política 'Não Pergunte, Não Conte', mais de 14.500 pessoas foram expulsas das Forças Armadas desde 1993, segundo a Rede de Defesa Legal dos Membros em Serviço.
Durante anos, grupos de direitos dos gays denunciaram a lei e pediram o seu fim como um importante marco na luta contra a discriminação homossexual.
O Pentágono enviou um memorando destacando que o Departamento de Defesa já havia certificado que o fim da política não prejudicaria a prontidão militar, a coesão da unidade ou o recrutamento e retenção dos membros em serviço.
'A partir de hoje, declarações sobre a orientação sexual ou atos ilícitos de conduta homossexual não serão considerados um impedimento ao serviço militar' ou para a admissão das academias militares e outros programas, escreveu no memorando o subsecretário de Defesa para Pessoal e Preparação Clifforn Stanley.
'Todos os membros de serviço devem tratar uns aos outros com dignidade e respeito, independentemente da orientação sexual', escreveu Stanley, advertindo que 'o assédio ou abuso baseados em orientação sexual' não seriam tolerados nas forças armadas.
O Pentágono disse que recrutadores agora estão aceitando pedidos de alistamento de gays.

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