segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Em 1ª luta após se declarar gay, boxeador vence e detém título


 
Publicado pelo Terra
 
O lutador porto-riquenho Orlando Cruz venceu o mexicano Jorge Pazos por decisão unânime na madrugada deste sábado, na Flórida, mantendo o cinturão latino dos pesos pena da Organização Mundial de Boxe na primeira luta realizada após chamar a atenção da imprensa mundial ao assumir publicamente que é homossexual.
 
Em um combate equilibrado, o mexicano tentou se aproveitar do maior alcance para surpreender o rival, mas viu Cruz utilizar um ótimo jogo de pernas para se esquivar de seus socos. No final, os juízes decidiram manter o cinturão com o porto-riquenho, que venceu por 118-110, 116-111 e 118-110.
 
Com o resultado, o boxeador soma 19 vitórias, nove por nocaute, e duas derrotas na carreira, além de um empate. Cruz se emocionou como o grande apoio que recebeu dos torcedores antes da luta, afirmando que o público o viu como um lutador, um atleta e um homem em todos os sentidos da palavra.
 
Após a vitória, o ainda campeão dos penas contou que a vitória deve abrir a porta para maiores lutas no futuro, defendendo que o objetivo agora é buscar um título mundial.

Muriel, a personagem transmutante do cartunista Laerte


 
Muriel/Hugo é um personagem do cartunista Laerte que está em constante transição. Trata-se de um homem que gosta de se vestir como mulher. É um personagem com características femininas bastante específicas se levarmos em consideração que Muriel seria uma espécie de alterego de Hugo. Muriel/Hugo brinca com a paródia do gênero na medida que exagera e imita a performance feminina e masculina.
 
Para ver todas as tirinhas, acesse o blog da Muriel:
 



 

Espanhola é primeira lésbica a pedir indenização por repressão franquista


 
Publicado pelo Extra
Com informações do El País
 
A vida lhe passou uma segunda rasteira. Por isso, para M.C.D. - a primeira dentre as mulheres homossexuais reprimidas pelo regime do ex-ditador espanhol Francisco Franco a pedir indenização -, é quase um dever moral conceder entrevistas aos meios de comunicação. No entanto, ela o faz a contragosto e com reservas: nem seu nome nem a cidade onde vive podem ser publicados.
 
A exigência não se deve somente às sequelas deixadas pelo trauma que viveu (a moça, por ser homossexual, foi detida aos 16 anos, posta em liberdade condicional e julgada aos 17). M.C.D. também leva em conta o fato de que, em sua cidade, sobre a qual não dá nenhum detalhe, as vidas dela e de sua parceira não andam fáceis ultimamente. “A homofobia ainda existe”, afirmou Antoni Ruiz, presidente da Associação de Ex-Presos Sociais, que presta auxílio jurídico à M.C.D. em seu pedido de indenização. A mulher conta sua história de maneira abreviada e relutante.
 
- Não me lembro nem quando nem onde estava quando fui detida. Um grupo de policiais à paisana se aproximou, e pronto - contou. - Passei toda a minha vida tentando esquecer disso, tentando superar o trauma.
 
M.C.D. também não sabe porque foi presa: se alguém a denunciou ou se seu comportamento, na hora, foi considerado suspeito pelos policiais. Lembra-se, somente, de que tinha “17 anos, idade em que o indivíduo ainda não é considerado adulto”, e que foi submetida “a um interrogatório infundado durante meses”.
 
Ao ler em voz alta e embargada uma espécie de comunicado judicial, M.C.D. mostra que é a prova viva de um tempo em que ser reconhecido como homossexual ou transexual era um perigo na Espanha. Como exemplo, se lembra de que, em seu círculo de amizades, “duas pessoas receberam choques” como forma de tratar o “desvio de comportamento”. Outros sofreram ainda mais, como três conhecidos - “um estudante, um professor, que era um dos meus melhores amigos, e um bombeiro” -, que acabaram se suicidando. - Se cada um de nós conhecer cinco pessoas [que tenham sofrido com a repressão do regime], imagine como era viver naquela época - sugeriu M.C.D.
 
Algumas informações úteis constam na sentença do juiz “de Instrução, Periculosidade e Reabilitação Social” da província em que vivia, antes de ser presa. Trata-se de um documento de apenas duas folhas, o bastante para ilustrar como a homofobia da época era capaz de arruinar vidas. M.C.D., “filha de uma família honrada”, apresenta “uma clara orientação homossexual, mantendo relações vulgares com outra jovem a qual domina, persegue e atrai (uma vítima da pervertida)”, diz o documento. Além disso, a moça é “uma pessoa que se rebela contra seus familiares, que os desobedece e ameaça” quando “tentam corrigi-la e educá-la”.
 
Ambos os crimes (ser homossexual e desobedecer à família) eram igualmente graves para um sistema em que a maioridade correspondia aos 21 anos, conceito imposto relutantemente às mulheres. Por isso, o juiz não tinha dúvidas de que M.C.D. “é uma homossexual, que se rebela contra sua família e que se encontra em estado perigoso”. Por isso, ela podia ser submetida à lei de Periculosidade Social, de 1970, e condenada à “reclusão em estabelecimento de reeducação por um tempo não inferior a quatro meses nem superior a três anos”. Também lhe foi proibido, por dois anos, comparecer a “salas de festas e estabelecimentos públicos onde haja consumo de bebidas alcoólicas”. Ao advogado da moça, obviamente, não foi dada nenhuma oportunidade de defesa.
 
A lembrança é dolorosa para M.C.D. No entanto, ela se recorda de sua “reeducação” com bom humor.
 
- Era uma cela normal [na prisão de Alcázar de San Juan, província de Ciudad Real, onde ficou quatro meses]. Não havia reeducação alguma. Bom, eramos obrigadas a fazer trabalhos manuais, como costura. Claro que eramos muito mal pagas. Alguém deve ter lucrado às nossas custas - contou.
 
É óbvio que o “esforço reeducador” foi um fracasso. Alguns de seus amigos se casaram para fugir do preconceito, mas esse não é o caso de M.C.D. Cabe à Comissão de Indenizações a Ex-Presos Sociais - órgão colegiado que integra o Ministério da Economia e Fazenda - avaliar seu pedido de indenização.

A odisseia da homossexualidade na adolescência


 
Publicado pela BandPress
Artigo de Arnaldo dos Anjos
 
É espantoso constatar que em pleno século 21, tempo de grandes saltos tecnológicos e de informação sendo despejada por todos os lados para todo que qualquer um que as busque, ainda presenciemos situações com claros resquícios da barbárie inerente -embora inaceitável- ao ser humano. Pior é perceber que a família, que em tese deveria ser a responsável não só por atender as necessidades básicas de um adolescente, mas também orientá-lo e principalmente protege-lo, seja no fim das contas, em muitos casos, o próprio agente opressor.
 
Não é novidade dizer que em função da inquietação e discriminação existentes na sociedade em torno da prática homossexual, a homofobia, o adolescente, temendo ser rejeitado, muitas vezes esconde sua condição e se isola, colocando sua saúde em risco. Neste caso, a família exerce – ou deveria exercer - papel fundamental no direcionamento destes adolescentes. Lamentavelmente isso é muito mais uma exceção do que a própria regra.
 
Presenciei, não de forma passiva, a exposição pública e vexatória de um rapaz de 16 anos pelo pai que acabara de descobrir que o adolescente era homossexual. Além de espanca-lo em publicamente na frente dos amigos e do namorado do garoto, o pai em sua clara demonstração de pátrio poder e masculinidade vociferava toda sorte de injúrias contra aquele ao qual devia proteger, acolhere respeitar. Mesmo em meio ao protesto dos passantes, o homem não se intimidou e em alto e bom tom declarou que “preferia um filho ladrão, um drogado, um assassino, mas viado não”.
 
Creio que tudo que eu possa dizer á respeito, toda minha indignação e profunda tristeza não serão em absoluto coisas novas. Lamentavelmente vivemos numa sociedade homofóbica que discrimina com violência a homossexualidade, fazendo com que homossexuais se exponham a riscos para a saúde por medo de terem a sua orientação sexual revelada.
 
Por conta desta segregação sofrida pela sociedade e em muitos casos pela própria família, jovens se lançam em segredo numa vida desregrada de promiscuidade em que buscam através da prática sexual inconsequente o preenchimento de seu vazio existencial. Sua autoestima é abalada ao ponto destes jovens aceitarem os estigmas que lhes são impostos. Postos como escória, comportam-se como escória. Isso sem contar a quantidade espantosa de jovens homossexuais que sucumbem ás pressões e perseguições sofridas em seu ambiente de convívio e terminam por cometerem suicídio. Seria essa a modernização do clássico de Shakespeare, onde os amantes impossibilitados de entregarem-se ao sentimento tão vivo e puro dentro de si, encontram na morte a solução para a questão?
 
Lembremos que, nenhum valor, seja ele religioso, político, ideológico, se sobrepõe ao humano. E que pouca valia há em lamentar a perda de um filho, seja para as drogas, para a prostituição, para a morte, entre tantas outras possibilidades, sem que antes tenha se esgotado todas as possibilidades de auxílio, pautadas na compreensão, na tolerância e no respeito ao ser humano em questão.
 
“Triste época! É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito.” Albert Einstein, genial como era. Atual como é!

Rio abre inscrições para coletiva de união estável homoafetiva


 
Publicado pelo Jornal do Brasil
 
O estado do Rio se prepara para realizar a terceira cerimônia coletiva de união estável homoafetiva em dezembro. Nessa edição, serão reunidos 100 casais, número duas vezes maior que o registrado na cerimônia anterior, em julho.
 
Para participar da iniciativa, o casal deve encaminhar a ficha de inscrição e os documentos até o dia 12 de novembro para o Centro de Referência LGBT (lésbica, gays, bissexuais, travestis e transexuais) mais próximo. Os endereços dos centros e mais informações a respeito podem ser encontrados no sitewww.riosemhomofobia.rj.gov.br ou pelo Disque Cidadania LGBT - 0800 023 4567. Quem ainda estiver casado civilmente ou em processo de divórcio não poderá se inscrever.
 
A ação é fruto da parceria entre o programa estadual Rio sem Homofobia, a Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, o Tribunal de Justiça do Rio e a Defensoria Pública do estado. “É mais uma oportunidade para que casais homoafetivos possam reafirmar seus direitos, estabelecendo uniões estáveis. Com essa cerimônia, damos continuidade aos avanços conquistados na área dos direitos civis da comunidade LGBT”, disse o superintendente e coordenador do Rio sem Homofobia, Cláudio Nascimento.
 
O casal inscrito terá uma reunião com a equipe do Tribunal de Justiça e audiências que ocorrerão no mês de novembro. Essas audiências terão atas que já servirão como documento para que os casais comprovem a união, sem a necessidade de registro no cartório. Os casais formados por travestis e/ou transexuais terão seus nomes sociais e de registro nas atas da audiência.
 
Após a audiência de união estável, o casal interessado poderá entrar com o pedido de solicitação de conversão para casamento. Para isso, contará com o auxílio da equipe da Defensoria Pública e do Rio sem Homofobia.

Vilão do filme 007 Skyfall pode revelar orientação homossexual


 
Publicado pelo Terra
 
Silva, o vilão de Skyfall, novo filme de James Bond, poderia revelar sua orientação sexual, segundo afirmou Javier Bardem, encarregado de dar vida a esse personagem.
 
Em entrevista, o marido de Penelope Cruz comentou:
 
"Silva não teria intenção de esconder sua homossexualidade, mas é algo que pode ser interpretado desta maneira porque estava no roteiro, e a ordem do diretor era criar incômodo", justifica.
 
Porém, Bardem enfatizou: "Além de sua orientação sexual, o que queríamos era que o público duvidasse se Silva era mesmo homossexual ou estava só brincando", admite.
 
Para Sam Mendes, diretor de Skyfall, sempre existiu uma enorme carga homossexual entre os vilões: "Durante os 50 anos da saga do agente 007, sempre existiu uma enorme carga homossexual e os vilões, de modo algum, brincaram com sua orientação sexual, e é algo que eu quero levar como ponto de partida para introduzir o malvado Silva na história", afirma.

Matt Bomer perdeu papel de Superman por ser gay, diz escritora


 
Publicado pelo Vírgula
 
A escritora Jackie Collins fez uma declaração bombástica durante o lançamento de seu mais novo romance, o livro The Power Trip. Durante uma entrevista à Gaydar Radio, ela afirmou que é "quase impossível" para atores LGBT se destacarem em Hollywood.
 
Segundo ela, o ator Matt Bomer, que estrela o seriado White Collar, perdeu o papel de protagonista no filme Superman: Flyby [que nunca saiu do papel], por causa de sua sexualidade.
 
Em fevereiro de 2012, Bomer admitiu ser gay, e agradeceu ao parceiro, Simon Halls, durante o discurso.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Homossexuais: os novos reféns da política nacional


 
Publicado pela Folha
Artigo de Vladimir Safatle*
 
Os homossexuais tornaram-se os novos reféns da política brasileira. O nível canino de certos embates políticos fez com que setores do pensamento conservador procurassem se aproveitar de momentos eleitorais para impor sua pauta de debates e preconceitos.
 
Eleições deveriam ser ocasiões para todos aqueles que compreendem a igualdade como valor supremo da República, independentemente de sua filiação partidária, lutarem por uma pauta de modernização social que inclua casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, permissão de adoção de crianças e constituição de família, além da criminalização de toda prática de homofobia e do engajamento direto do Estado na conscientização de seus cidadãos. Parece, no entanto, que nunca nos livraremos de nossos arcaísmos.
 
Alguns acreditam que se trata de liberdade de expressão admitir que certos religiosos façam pregações caracterizando homossexuais como perversos, doentes e portadores de graves desvios morais. Seguindo tal raciocínio, seria também questão de liberdade de expressão permitir que se diga que negros são seres inferiores ou que judeus mentem em relação ao Holocausto.
 
Sabemos muito bem, contudo, que nada disso é manifestação da liberdade de expressão. Na verdade, tratam-se de enunciados criminosos por reiterar proposições sempre usadas para alimentar o preconceito e a violência contra grupos com profundo histórico de exclusão social.
 
Nunca a democracia significou que tudo possa ser dito. Toda democracia reconhece que há um conjunto de enunciados que devem ser tratados como crime por fazer circular preconceitos e exclusão travestidos de "mera opinião".
 
Não há, atualmente, nenhum estudo sério em psiquiatria ou em psicologia que coloque o homossexualismo enquanto tal, como forma de parafrenia (categoria clínica que substituiu as perversões).
 
Em nenhum manual de psiquiatria (DSM ou CID) o homossexualismo aparece como doença. Da mesma forma, não há estudo algum que mostre que famílias homoparentais tenham mais problemas estruturais do que famílias compostas por heterossexuais.
 
Nenhum filósofo teria, hoje, o disparate de afirmar que o modelo de orientação sexual homossexual é um problema de ordem moral, até porque a afirmação de múltiplas formas de orientação sexual (à parte os casos que envolvam não consentimento e relação com crianças) é passível de universalização sem contradição.
 
Impedir que os homossexuais tornem-se periodicamente reféns de embates políticos é uma pauta que transcende os diretamente concernidos por tais problemas. Ela toca todos os que lutam por um país profundamente igualitário e republicano.
 
*Vladimir Safatle é professor livre-docente do Departamento de filosofia da USP (Universidade de São Paulo). Escreve às terças na Página A2 da versão impressa.

Astro Matt Bomer afirma: "Sempre soube que era gay"


 
Publicado pelo Vírgula
Por Vitor Angelo
 
O Ator Matt Bomer falou que sabia que era gay desde a adolescência em matéria ao site E! publicada no último dia 06. "Quando eu estava no colégio, não havia porto seguro, não havia lugar para você falar o que pensava", disse o ator.
 
O astro da série White Collar disse o que fez para fugir do bullying. "Fiz o que qualquer um faz para se autopreservar. Tinha 14 anos de idade e me inscrevi na equipe de futebol do colégio”. E avaliou: "Quando isso acontece, quando você não está autorizado a falar sobre quem você é, uma das partes mais autênticos de quem você é, o que é que você ama ou é quem você se sente atraído, você se sente invisível".
 

Ele é casado com um dos publicitários mais poderosos de Hollywood, Simon Halls, e tem três filhos adotivos. "Ter filhos ensina muitas coisas, e uma das coisas que nós dois aprendemos em nossa jornada como pais é como amar e aceitar as mentes das crianças como elas são, de forma aberta. Infelizmente, em algumas partes do país, algumas crianças são ensinadas desde cedo que ser diferente é algo ruim ou errado ou digno do ridículo... As crianças não nascem para ser valentões, eles são ensinadas a serem agressivas".
 

IBGE: 47% dos casais homossexuais se declaram católicos



 
Publicado pelo Terra
Por Giuliander Carpes
 
Pela primeira vez na história, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) pesquisou o número de casais homossexuais que dividem uma residência. O número já havia sido revelado: são cerca de 60 mil no País. O que o Censo 2010 ainda não havia mostrado e o instituto divulgou nesta quarta-feira é que quase metade destes casais têm uma religião. E logo uma que condena este tipo de comportamento.
 
Quarenta e sete por cento dos casais homossexuais que dividem o mesmo teto se declaram católicos - 20,4% não tem religião. "É um dado bastante surpreendente, quando a gente percebe que a maioria dos casais em união consensual declara não ter religião. Entre os homossexuais esta taxa é maior", declarou o pesquisador Leonardo Queiroz Athias, do IBGE.
 
É uma estatística que vai de encontro ao que costuma ocorrer nas uniões consensuais - quando o casal opta por "não oficializar" o casamento nem no civil nem no religioso -, que é como 99,6% dos homossexuais declaram a relação. Entre os casais em geral que mantêm este tipo de união, 59,9% afirmam não ter religião. Dos casais que optam pela união consensual, 37,5% são católicos.
 
O Censo 2010 percebeu que as uniões consensuais são mais frequentes entre pessoas até 39 anos de idade e têm crescido, enquanto os matrimônios têm diminuído. No Censo de 2000, 28,6% das uniões eram consensuais. Em 2010, este número passou para 36,4%. Já o casamento civil e religioso passou de 49,4% dos casos há 12 anos atrás para 42,9% no último levantamento do IBGE.
 
"Esses números têm a ver com os modos atuais. Hoje em dia a união consensual é mais aceita pela sociedade. Por outro lado, as pessoas também podem esperar mais tempo para casar. Primeiro estão procurando viver novas experiências, fazer uma série de coisas, viajar e trabalhar, por exemplo, e depois pensa em casar", destacou Athias.
 
Perfil das uniões entre pessoas do mesmo sexo
 
A distribuição por sexo das pessoas em uniões homossexuais mostrou que 53,8% delas são entre mulheres e 46,2% entre homens. Cerca de 25% das pessoas neste tipo de união declararam possuir curso superior completo. O Sudeste concentra 52,6% das uniões homoafetivas, e o Nordeste 20,1%. O Sul concentra 13% dos casais homossexuais, enquanto o Centro-Oeste tem 8,4% e o Norte, 5,9%.

TV Argentina exibe o primeiro casamento gay de suas novelas



Publicado pela A Capa
 
Cada país reage aos gays e os retrata em suas respectivas teledramaturgias de uma maneira. A Argentina, por exemplo, sempre esteve à frente do Brasil nessas questões.
 
O tão aguardado beijo gay, que nunca aconteceu nas novelas nacionais (fora o beijo lésbico de "Amor & Revolução" do SBT), já foi exibido nas novelas argentinas há tempos, e mais de uma vez. Agora, nossos vizinhos portenhos tiveram a cena de um casamento completo em uma de suas produções.
 
O enlace dos personagens Guille (Juan Gill Navarro) e Fernando (Ivo Cutzarida), da novela "Graduados", atual campeã de audiência da Telefe, foi exibido no último dia 9 de outubro na TV argentina.
 
A cena tem tudo que um casamento merece. Noivos, padrinhos, convidados, música romântica de fundo e a clássica pergunta "Se tem alguém que seja contra essa união, que fale agora!". Para dar uma apimentada na história, o pai homofóbico de um noivos surge no meio do casório. Mas, para surpresa geral, ele faz um discurso emocionado e abençoa a união do filho.
 
"Eu não entendo certas coisas, mas talvez eu esteja velho para entendê-las", diz o pai. Em seguida, Guille e Fernando trocam alianças, assinam os papéis e ainda dão um beijo para selar a união. Vale lembrar que, na Argentina, o casamento gay já foi legalizado há dois anos.
 
Por aqui, o máximo que tivemos foi no final de "Insensato Coração", quando o casal Hugo (Marco Damigo) e Eduardo (Rodrigo Andrade) assinaram a união estável ao lado da família. Mas, não pense que o beijo gay é polêmica apenas no Brasil. A Grécia acaba de vetar uma bitoca que seria exibida na minissérie "Downton Abbey".
 
Abaixo você confere o casamento de 'Graduados".
 
 

Mendigo de Curitiba faz sucesso na internet!

Irmã de mendigo que fez sucesso na internet mora em Joinville, Norte de SC

A foto de um rapaz bonito, de olhos azuis, virou febre no Facebook na tarde desta quarta-feira. O jovem, que é um mendigo de Curitiba, no Paraná, teve sua foto postada pela radialista Indy Zanardo e já tem quase 30 mil compartilhamentos.

A imagem levou a irmã do moço a reconhecê-lo pela rede. Rafael Nunes, de 31 anos, é e
x-modelo e está nas ruas há cerca de três anos por uso de droga. A irmã dele, Rubiana Nunes, mora em Joinville e garantiu, via Facebook, que a imagem é mesmo de Rafael, postando inclusive fotos antigas do rapaz.

— Ele é meu irmão e está nas ruas por causa do crack. Ele já foi modelo, estudou e tem família, mas não quer ser tratar. Foi internado dezenas de vezes, e é agressivo com os familiares. Enfim, ele está nas ruas porque quer e fala que está feliz —, postou em seu perfil na rede.



quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Rio Grande do Sul já emitiu 119 carteiras de identidade para travestis e transexuais



 
 
Publicado pela Rede Brasil Atual
 
O uso do nome social é determinante para travestis e transexuais. Sem isso, são discriminados em todos os ambientes e circunstâncias, desde a hora da chamada na sala de aula até ocasiões públicas, como em consultórios médicos, lojas, entre outros momentos em que são tratadas pelo nome de registro, com o qual não se identificam. Raras iniciativas têm reduzido esse constrangimento.
 
O estado de São Paulo, por exemplo, por meio do Decreto 55.588, de 2010, prevê o tratamento de travestis e transexuais pelo nome por eles escolhido para usar socialmente de acordo com sua identidade de gênero. Mas a medida restringe-se à administração pública estadual direta e indireta. No entanto, vem do governo do Rio Grande do Sul algo que pode indicar a redução da marginalização desse grupo: a Carteira de Nome Social (CNS), que começou a ser emitida em 16 de agosto passado, por meio da qual travestis e transexuais poderão ser identificados nos serviços públicos do estado gaúcho. Com sorte, a sociedade em geral vai entender e aceitar também.
 
A carteira, elaborada pela Secretaria de Segurança Pública em parceria com a Secretaria de Justiça e dos Direitos Humanos, dentro do programa RS sem Homofobia, é emitida pelo Instituto Geral de Perícias (IGP) com o mesmo método da Carteira de Identidade. Até hoje (18), foram emitidas 119 carteiras. No Departamento de Identificação, em Porto Alegre, houve 100 solicitações. No Posto de Identificação de Caxias do Sul, houve cinco. No de Pelotas, duas. Em Santo Ângelo, uma, e no Presídio Central, 11.
 
A criação da carteira social estava prevista no Decreto 48.118/2011, assinado pelo governador Tarso Genro (PT). Em 17 de maio passado, Dia Estadual de Enfrentamento à Homofobia, o governador entregou simbolicamente a primeira CNS à travesti Simone Rodrigues. Na data também foi criado o Comitê Gestor dos Direitos Humanos, para cuidar, entre outros, dos direitos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT).
 
O secretário da Segurança Pública do estado, Airton Michels, explicou que a carteira social remete ao RG, portanto, a pessoa pode usá-la porque vai ser imediatamente identificada, já que possui a mesma numeração. Ele explica que o uso da CNS não exclui a necessidade de portar o RG, mas é uma garantia de respeito ao nome social.
 
"É claro que a carteira tem seus limites. Em um cartório, por exemplo, a pessoa pode até se identificar com a carteira social e ser tratada pelo nome social, mas o contrato, por exemplo, tem de ser feito com o nome de registro. A mudança pode valer para o tratamento desse grupo na escola, na delegacia, até numa loja ou em qualquer estabelecimento privado, embora não tenhamos como forçá-los a aceitar", esclareceu Michels. Mas, para ele, com um mínimo de sensibilidade o atendente vai confrontar a carteira social com o RG e vai tratar a pessoa por seu nome social.
 
"O decreto prevê aceitação na Administração Pública e no Poder Executivo, mas estamos negociando com o Poder Judiciário, e a discussão está evoluindo. Porém, o Judiciário está muito sensível a essa questão", disse o secretário. Ele afirmou que os policiais já começam a ser preparados para aprender a lidar com a questão e a respeitar a validade do documento. "Este ano vamos capacitar alguns policiais em algumas delegacias. Os novos policiais militares já recebem informações nesse sentido, mas isso carece de mais capacitação", admitiu. O estado tem 6 mil policiais civis e 24 mil policiais militares.
 
"Não é de um dia pro outro, mas à medida que a mídia divulgue e que fique claro que a Secretaria de Segurança Pública adota esse sistema, as coisas vão mudar", disse Michels, acrescentando que este é apenas o início para que o preconceito e a intolerância sejam extirpados do estado gaúcho.
 
A advogada Maria Berenice Dias, especialista em direito homoafetivo, destacou a importância da iniciativa. "A ideia é levar a aceitação a todas as autoridades públicas", disse. A ex-desembargadora lembrou que travestis e transexuais de outros estados também podem usufruir desse benefício. É preciso solicitar Carteira de Identidade no mesmo pedido da CNS.
 
"Esse é um grupo marginalizado, sofre desde cedo com a expulsão de casa, a perda de convívio familiar, sofre humilhações na escola e dificuldades no mercado de trabalho", disse Berenice. Ela defende a existência de uma lei federal que combata a homofobia e garanta direitos, como o uso do nome social.
 
Como pedir
 
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, desde segunda-feira (17), os Postos de Identificação Regionais de Santana do Livramento, Caxias do Sul, Pelotas, Passo Fundo, Santa Maria, Santo Ângelo, Novo Hamburgo, Osório e Rio Grande passaram a receber encaminhamentos para a Carteira de Nome Social. A emissão do documento destinado a travestis e transexuais começou em Porto Alegre no dia 16 agosto.
 
Para solicitar a CNS são necessários certidão original, conforme o estado civil, ou a Carteira de Identidade, em bom estado de conservação e expedida no Rio Grande do Sul. A primeira via será gratuita e a segunda via custará R$ 45,50, mesmo preço da Carteira de Identidade. A CNS terá prenome, foto, assinatura e número do RG.

Drag queen processa cidade porque ficou presa em cadeia feminina


 
Publicado no TV Canal 13
 
Uma drag queen entrou com uma ação contra a cidade de Nashville, no estado do Tennessee (EUA), e a empresa que opera uma das suas prisões, porque ficou presa por três anos em uma cadeia feminina, segundo a emissora de TV "WSMV".
 
Karla Brenner disse que sua vida na cadeia virou um inferno depois que as outras prisioneiras descobriram que ela tinha anatomia masculina.
 
"Uso cabelo comprido, maquiagem - Eu sou um artista, uma drag queen. Isso significa basicamente que sou um homem que gosta de se vestir como mulher. Mas não sou uma mulher e não tenho nenhuma intenção de ser", disse.
 
A drag queen passou três anos presa após ser condenada por roubar uma bolsa.

Primeiro travesti eleito no país é tema de documentário



Publicado no G1
 
Kátia Tapety foi a vereadora mais votada de Colônia (PI) por três vezes. Quando criança, os pais a impediram de sair de casa e frequentar escola.
 
Não deixa de ser curioso o fato de que o primeiro travesti eleito para um cargo político no Brasil nasceu, foi criado e fez carreira em Colônia, cidadezinha com cerca de oito mil habitantes no sertão piauiense. Kátia Tapety, que nasceu José Nogueira Tapety Sobrinho, é a protagonista do documentário “Kátia”, que foi exibido nessa quarta-feira (19) na mostra competitiva do 45º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
 
Integrante de uma tradicional família de políticos do Piauí, Kátia foi proibida de sair de casa durante a infância e parte da adolescência. Ela foi a única de nove filhos que não recebeu educação formal e apanhava até quando ia com a mãe para a igreja. Para a diretora Karla Holanda, esse período de reclusão foi fundamental na formação de Kátia.
 
“Uma das coisas que mais me chamou a atenção foi o respeito, a dignidade que ela conquistou, especialmente vindo de um lugar inesperado, o sertão do Piauí. O mérito todo está na Kátia, no jeito que ela se faz respeitar. Acho que ela conseguiu criar estratégias para sobreviver”, opina Karla.
 
Com a morte do pai, Kátia se libertou. Ela casou e adotou três filhos, um dos quais morreu há cerca de quatro anos. Em 1992, se candidatou pela primeira vez ao cargo de vereadora. Não só ganhou, como foi a mais bem votada de Colônia do Piauí – feito que repetiu nas eleições de 1996 e de 2000.
 
Piauiense radicada no Rio de Janeiro, a diretora conheceu Kátia em 2008, por meio de notícias em jornais e na internet, e diz que logo se interessou pela personagem. De acordo com Karla, o objetivo do filme nunca foi fazer uma biografia de Kátia, mas sim mostrar a força da mulher que antes era homem.
 
“No início, o que me chamou a atenção foi isso dela ser a primeira travesti eleita para um cargo político, mas isso logo ficou em segundo plano. E percebi que me chamava muito a atenção a forma como ela se fez respeitar (...) Ela tem uma riqueza muito grande e lida com o mundo de uma forma muito dela, muito prática, sem rodeios.”
 
A diretora afirma que, apesar do estigma de ser a primeira travesti com carreira política do país, Kátia nunca ficou reconhecida por defender apenas projetos voltados para o público LGBT.
 
Atualmente, Kátia está separada do companheiro com quem viveu por quase 20 anos. Ela, que também já foi vice-prefeita de Colônia do Piauí, não concorre a nenhum cargo nas eleições deste ano, mas acompanhou a sessão dessa quarta no Festival de Brasília.
 
“A política para a Kátia não precisa nem de cargo, ela faz política o tempo inteiro. Uma política mais assistencialista, porque as necessidades [ da população de Colônia do Piauí] são tão elementares que podem ser resolvidas com um tipo de ajuda mais simples, como levar uma pessoa ao médico, agendar uma consulta, ajudar um casal a tirar a certidão de nascimento do filho ou questões de transporte, que é muito ruim, falho e caro para população que vive da agricultura no sertão.”

Senador australiano renuncia após associar casamento gay à zoofilia


 
Publicado pelo Ig - Último Segundo
Com informações da AFP e EFE
 
Um senador australiano renunciou nessa quarta-feira a um cargo parlamentar depois de denunciar o casamento homossexual como uma "caixa de Pandora", que poderia abrir portas para a legalização da poligamia e da zoofilia. Cory Bernardi deixou se ser o secretário parlamentar do líder dos liberais e da oposição conservadora, Tony Abbott, mas continua na Casa.
 
"Se estamos dispostos a redefinir o casamento de tal maneira que permita a união sem consideração de sexo de duas pessoas que se amam, qual será a próxima etapa?", questionou o senador Cory Bernardi, na terça-feira, durante um debate em uma sessão parlamentar sobre o tema.
 
"A próxima etapa, francamente, é que três ou quatro pessoas que se amem sejam autorizadas a contrair uma união permanente, com o consentimento da sociedade", disse. "Há inclusive pessoas aterrorizantes que consideram aceitável manter relações sexuais com animais. Será uma próxima etapa?", completou.
 
Abbott já aceitou a renúncia de Bernardi. "Há opiniões que não compartilho e que muitas pessoas consideram repugnantes", declarou.
 
Em um site, Bernardi defende a família como "o componente mais importante" da sociedade australiana e "os valores judaico-cristãos como marcos fundadores da nação".
 
A Câmara dos Representantes e o Senado estão analisando quatro projetos de lei para autorizar o casamento homossexual. Nesta quarta-feira a Câmara dos Representantes da Austrália se opôs de forma arrasadora à aprovação (98 votos a 42) de um destes projetos, apresentado pelo trabalhista Stephen Jones.
 
A Austrália não reconhece o casamento homossexual, embora alguns Estados e territórios do país admitam uniões civis de pessoas do mesmo sexo.

Milhem Cortaz, de 'Tropa de Elite', vira travesti em ensaio



 
Publicado pelo Ego
 
O ator Milhem Cortaz, de "Tropa de Elite", se transformou em travesti para o ensaio "TransforMANtion", assinado pelo fotógrafo Chico Muniz. O ator, que foi convidado para o projeto por Milton M. Filho, não viu problema em posar de salto alto e passando batom. Nas fotos, Milhem interpreta um homem que foge de sua rotina para viver sua identidade secreta, um travesti.



quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Malásia realiza seminários sobre como identificar crianças gays


Ministério da Educação da Malásia está recomendando uma lista de características que acredita poder ajudar os pais a identificar ahomossexualidade em seus filhos.
A lista foi distribuída aos participantes de um seminário e publicada pelo diário chinês “Sin Chew Daily”. Entre os “sintomas” listados para detectar a homossexualidade nos meninos, estão: ter um corpo musculoso
De acordo com um folheto distribuído em um seminário recente, sinais de homossexualidade em meninos podem incluir a preferência por roupas apertadas e de cores claras e bolsas grandes, noticiou a mídia local.
Para meninas, os detalhes são menos claros. Meninas com tendências lésbicas não têm afeição por homens e gostam de andar e dormir na companhia de mulheres, disseram as reportagens.
A Malásia reprova o sexo oral e gay, descrevendo-os como sendo contra a ordem da natureza. Sob a legislação civil, os transgressores --mulher ou homem-- podem ser presos por até 20 anos, espancados ou serem penalizados financeiramente.
A intolerância oficial aos gays tem crescido. No ano passado, apesar das críticas generalizadas, o Estado da costa leste de Terengganu criou um campo para meninos "afeminados" para mostrar e eles como se tornar homem.
gostar de exibí-lo usando camisetas com gola Vpreferir roupas de cores claras; e usar bolsas grandes ao sair.

Gays ameaçam ficar nus contra título de Silas Malafaia



O título de Cidadão de Salvador para o pastor Silas Malafaia, indicado pelo vereador Héber Santana (PSC) e aprovado pela Câmara Municipal da capital baiana é alvo de discórdia entre integrantes do movimento gay e entidades evangélicas.
 
A entrega aconteceria no próximo dia 27 de setembro mas foi adiada para uma data ainda não definida. De acordo com informações publicadas pelo jornal A Tarde, nesta quarta-feira (19), as principais entidades do movimento homossexual já enviaram um comunicado à presidência da Câmara pedindo que o título seja revogado pois acusam Malafaia de homofóbico.
 
Ainda de acordo com a publicação, em reação, a Associação Batista de Salvador, Sociedade Bíblica na Bahia e outras entidades evangélicas protocolaram uma solicitação defendendo a concessão do título. Caso o título seja concedido, os gays ameaçam tirar a roupa em frente a Câmara dos Veredores, e para isso convocaram os associados da Associação dos Travestis de Salvador (Atras).
 
Para o antropólogo fundado do Grupo Gay da Bahia (GGB), Luiz Mott, Malafaia seria o "inimigo número um os homossexuais, pois não reconhece o direito do casamento homoafetivo, é contra a equiparação da homofobia ao racismo, está processando caluniosamente lideranças gays e instigou a descer o porrete nos homossexuais. Só trouxe ódio aos baianos".
 
Ainda de acordo com a reportagem, os homossexuais também protocolaram pedido de apoio à Comissão da Diversidade Sexual contra a Homofobia da Ordem dos Advogados do Brasil e iniciou uma abaixo-assinado nas redes sociais. Além disso, eles convocaram artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Marina Lima, Preta Gil entre outros para apoiar o movimento.

Senador australiano relaciona casamento gay, poligamia e zoofilia


Cory Bernardi era da oposição e renunciou ao cargo um dia após declaração.
Alguns estados e territórios do país admitem uniões civis homossexuais.




Um senador australiano renunciou nesta quarta-feira (19) a um cargo parlamentar após provocar uma polêmica ao afirmar que legalizar o casamento homossexual é um passo para aceitar a poligamia e o bestialismo.
O líder da oposição, Tony Abbott, anunciou em entrevista coletiva que o senador Cory Bernardi não era mais seu secretário parlamentar. Hoje, a Câmara dos Representantes rejeitou uma proposta para legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Abbott qualificou os comentários de Bernardi de "inaceitáveis" e acrescentou que apesar de ser uma pessoa conservadora e tradicional, a coalizão opositora está comprometida a não permitir que as minorias sexuais "não se sintam como estranhos em seu próprio país".
Bernardi disse ontem à noite durante um debate no Senado sobre a iniciativa para legalizar o casamento homossexual que o projeto era incentivado por "radicais" e que talvez o passo seguinte fosse aceitar uma união permanente de "três ou quatro pessoas".
"Há gente assustadora por aí...Que dizem que é normal relações sexuais consentidas entre humanos e animais. Este será o próximo passo? No futuro nós falaremos: 'estas duas criaturas se amam e talvez elas possam constituir uma união'", afirmou Bernardi.
Suas declarações foram imediatamente criticadas por todas as tendências políticas. O conservador Malcolm Turnbull as classificou como "ofensivas", "extremas" e "histéricas".
A Câmara dos Representantes e o Senado estão analisando quatro projetos de lei para legalizar o casamento homossexual entre pessoas do mesmo sexo.
Nesta quarta-feira a Câmara dos Representantes da Austrália se opôs de à aprovação (98 votos a 42) de um destes projetos, apresentado pelo trabalhista Stephen Jones.
A primeira-ministra australiana, Julia Gillard, opinou em várias ocasiões que considera que o casamento só pode ser constituído entre um homem e uma mulher, embora tenha afirmado que respeitará a decisão de seu partido.
A Austrália não reconhece o casamento homossexual, embora alguns estados e territórios do país admitam uniões civis de pessoas do mesmo sexo e discutam a permissão do casamento homossexual.