quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Rio Grande do Sul já emitiu 119 carteiras de identidade para travestis e transexuais



 
 
Publicado pela Rede Brasil Atual
 
O uso do nome social é determinante para travestis e transexuais. Sem isso, são discriminados em todos os ambientes e circunstâncias, desde a hora da chamada na sala de aula até ocasiões públicas, como em consultórios médicos, lojas, entre outros momentos em que são tratadas pelo nome de registro, com o qual não se identificam. Raras iniciativas têm reduzido esse constrangimento.
 
O estado de São Paulo, por exemplo, por meio do Decreto 55.588, de 2010, prevê o tratamento de travestis e transexuais pelo nome por eles escolhido para usar socialmente de acordo com sua identidade de gênero. Mas a medida restringe-se à administração pública estadual direta e indireta. No entanto, vem do governo do Rio Grande do Sul algo que pode indicar a redução da marginalização desse grupo: a Carteira de Nome Social (CNS), que começou a ser emitida em 16 de agosto passado, por meio da qual travestis e transexuais poderão ser identificados nos serviços públicos do estado gaúcho. Com sorte, a sociedade em geral vai entender e aceitar também.
 
A carteira, elaborada pela Secretaria de Segurança Pública em parceria com a Secretaria de Justiça e dos Direitos Humanos, dentro do programa RS sem Homofobia, é emitida pelo Instituto Geral de Perícias (IGP) com o mesmo método da Carteira de Identidade. Até hoje (18), foram emitidas 119 carteiras. No Departamento de Identificação, em Porto Alegre, houve 100 solicitações. No Posto de Identificação de Caxias do Sul, houve cinco. No de Pelotas, duas. Em Santo Ângelo, uma, e no Presídio Central, 11.
 
A criação da carteira social estava prevista no Decreto 48.118/2011, assinado pelo governador Tarso Genro (PT). Em 17 de maio passado, Dia Estadual de Enfrentamento à Homofobia, o governador entregou simbolicamente a primeira CNS à travesti Simone Rodrigues. Na data também foi criado o Comitê Gestor dos Direitos Humanos, para cuidar, entre outros, dos direitos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT).
 
O secretário da Segurança Pública do estado, Airton Michels, explicou que a carteira social remete ao RG, portanto, a pessoa pode usá-la porque vai ser imediatamente identificada, já que possui a mesma numeração. Ele explica que o uso da CNS não exclui a necessidade de portar o RG, mas é uma garantia de respeito ao nome social.
 
"É claro que a carteira tem seus limites. Em um cartório, por exemplo, a pessoa pode até se identificar com a carteira social e ser tratada pelo nome social, mas o contrato, por exemplo, tem de ser feito com o nome de registro. A mudança pode valer para o tratamento desse grupo na escola, na delegacia, até numa loja ou em qualquer estabelecimento privado, embora não tenhamos como forçá-los a aceitar", esclareceu Michels. Mas, para ele, com um mínimo de sensibilidade o atendente vai confrontar a carteira social com o RG e vai tratar a pessoa por seu nome social.
 
"O decreto prevê aceitação na Administração Pública e no Poder Executivo, mas estamos negociando com o Poder Judiciário, e a discussão está evoluindo. Porém, o Judiciário está muito sensível a essa questão", disse o secretário. Ele afirmou que os policiais já começam a ser preparados para aprender a lidar com a questão e a respeitar a validade do documento. "Este ano vamos capacitar alguns policiais em algumas delegacias. Os novos policiais militares já recebem informações nesse sentido, mas isso carece de mais capacitação", admitiu. O estado tem 6 mil policiais civis e 24 mil policiais militares.
 
"Não é de um dia pro outro, mas à medida que a mídia divulgue e que fique claro que a Secretaria de Segurança Pública adota esse sistema, as coisas vão mudar", disse Michels, acrescentando que este é apenas o início para que o preconceito e a intolerância sejam extirpados do estado gaúcho.
 
A advogada Maria Berenice Dias, especialista em direito homoafetivo, destacou a importância da iniciativa. "A ideia é levar a aceitação a todas as autoridades públicas", disse. A ex-desembargadora lembrou que travestis e transexuais de outros estados também podem usufruir desse benefício. É preciso solicitar Carteira de Identidade no mesmo pedido da CNS.
 
"Esse é um grupo marginalizado, sofre desde cedo com a expulsão de casa, a perda de convívio familiar, sofre humilhações na escola e dificuldades no mercado de trabalho", disse Berenice. Ela defende a existência de uma lei federal que combata a homofobia e garanta direitos, como o uso do nome social.
 
Como pedir
 
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, desde segunda-feira (17), os Postos de Identificação Regionais de Santana do Livramento, Caxias do Sul, Pelotas, Passo Fundo, Santa Maria, Santo Ângelo, Novo Hamburgo, Osório e Rio Grande passaram a receber encaminhamentos para a Carteira de Nome Social. A emissão do documento destinado a travestis e transexuais começou em Porto Alegre no dia 16 agosto.
 
Para solicitar a CNS são necessários certidão original, conforme o estado civil, ou a Carteira de Identidade, em bom estado de conservação e expedida no Rio Grande do Sul. A primeira via será gratuita e a segunda via custará R$ 45,50, mesmo preço da Carteira de Identidade. A CNS terá prenome, foto, assinatura e número do RG.

Drag queen processa cidade porque ficou presa em cadeia feminina


 
Publicado no TV Canal 13
 
Uma drag queen entrou com uma ação contra a cidade de Nashville, no estado do Tennessee (EUA), e a empresa que opera uma das suas prisões, porque ficou presa por três anos em uma cadeia feminina, segundo a emissora de TV "WSMV".
 
Karla Brenner disse que sua vida na cadeia virou um inferno depois que as outras prisioneiras descobriram que ela tinha anatomia masculina.
 
"Uso cabelo comprido, maquiagem - Eu sou um artista, uma drag queen. Isso significa basicamente que sou um homem que gosta de se vestir como mulher. Mas não sou uma mulher e não tenho nenhuma intenção de ser", disse.
 
A drag queen passou três anos presa após ser condenada por roubar uma bolsa.

Primeiro travesti eleito no país é tema de documentário



Publicado no G1
 
Kátia Tapety foi a vereadora mais votada de Colônia (PI) por três vezes. Quando criança, os pais a impediram de sair de casa e frequentar escola.
 
Não deixa de ser curioso o fato de que o primeiro travesti eleito para um cargo político no Brasil nasceu, foi criado e fez carreira em Colônia, cidadezinha com cerca de oito mil habitantes no sertão piauiense. Kátia Tapety, que nasceu José Nogueira Tapety Sobrinho, é a protagonista do documentário “Kátia”, que foi exibido nessa quarta-feira (19) na mostra competitiva do 45º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
 
Integrante de uma tradicional família de políticos do Piauí, Kátia foi proibida de sair de casa durante a infância e parte da adolescência. Ela foi a única de nove filhos que não recebeu educação formal e apanhava até quando ia com a mãe para a igreja. Para a diretora Karla Holanda, esse período de reclusão foi fundamental na formação de Kátia.
 
“Uma das coisas que mais me chamou a atenção foi o respeito, a dignidade que ela conquistou, especialmente vindo de um lugar inesperado, o sertão do Piauí. O mérito todo está na Kátia, no jeito que ela se faz respeitar. Acho que ela conseguiu criar estratégias para sobreviver”, opina Karla.
 
Com a morte do pai, Kátia se libertou. Ela casou e adotou três filhos, um dos quais morreu há cerca de quatro anos. Em 1992, se candidatou pela primeira vez ao cargo de vereadora. Não só ganhou, como foi a mais bem votada de Colônia do Piauí – feito que repetiu nas eleições de 1996 e de 2000.
 
Piauiense radicada no Rio de Janeiro, a diretora conheceu Kátia em 2008, por meio de notícias em jornais e na internet, e diz que logo se interessou pela personagem. De acordo com Karla, o objetivo do filme nunca foi fazer uma biografia de Kátia, mas sim mostrar a força da mulher que antes era homem.
 
“No início, o que me chamou a atenção foi isso dela ser a primeira travesti eleita para um cargo político, mas isso logo ficou em segundo plano. E percebi que me chamava muito a atenção a forma como ela se fez respeitar (...) Ela tem uma riqueza muito grande e lida com o mundo de uma forma muito dela, muito prática, sem rodeios.”
 
A diretora afirma que, apesar do estigma de ser a primeira travesti com carreira política do país, Kátia nunca ficou reconhecida por defender apenas projetos voltados para o público LGBT.
 
Atualmente, Kátia está separada do companheiro com quem viveu por quase 20 anos. Ela, que também já foi vice-prefeita de Colônia do Piauí, não concorre a nenhum cargo nas eleições deste ano, mas acompanhou a sessão dessa quarta no Festival de Brasília.
 
“A política para a Kátia não precisa nem de cargo, ela faz política o tempo inteiro. Uma política mais assistencialista, porque as necessidades [ da população de Colônia do Piauí] são tão elementares que podem ser resolvidas com um tipo de ajuda mais simples, como levar uma pessoa ao médico, agendar uma consulta, ajudar um casal a tirar a certidão de nascimento do filho ou questões de transporte, que é muito ruim, falho e caro para população que vive da agricultura no sertão.”

Senador australiano renuncia após associar casamento gay à zoofilia


 
Publicado pelo Ig - Último Segundo
Com informações da AFP e EFE
 
Um senador australiano renunciou nessa quarta-feira a um cargo parlamentar depois de denunciar o casamento homossexual como uma "caixa de Pandora", que poderia abrir portas para a legalização da poligamia e da zoofilia. Cory Bernardi deixou se ser o secretário parlamentar do líder dos liberais e da oposição conservadora, Tony Abbott, mas continua na Casa.
 
"Se estamos dispostos a redefinir o casamento de tal maneira que permita a união sem consideração de sexo de duas pessoas que se amam, qual será a próxima etapa?", questionou o senador Cory Bernardi, na terça-feira, durante um debate em uma sessão parlamentar sobre o tema.
 
"A próxima etapa, francamente, é que três ou quatro pessoas que se amem sejam autorizadas a contrair uma união permanente, com o consentimento da sociedade", disse. "Há inclusive pessoas aterrorizantes que consideram aceitável manter relações sexuais com animais. Será uma próxima etapa?", completou.
 
Abbott já aceitou a renúncia de Bernardi. "Há opiniões que não compartilho e que muitas pessoas consideram repugnantes", declarou.
 
Em um site, Bernardi defende a família como "o componente mais importante" da sociedade australiana e "os valores judaico-cristãos como marcos fundadores da nação".
 
A Câmara dos Representantes e o Senado estão analisando quatro projetos de lei para autorizar o casamento homossexual. Nesta quarta-feira a Câmara dos Representantes da Austrália se opôs de forma arrasadora à aprovação (98 votos a 42) de um destes projetos, apresentado pelo trabalhista Stephen Jones.
 
A Austrália não reconhece o casamento homossexual, embora alguns Estados e territórios do país admitam uniões civis de pessoas do mesmo sexo.

Milhem Cortaz, de 'Tropa de Elite', vira travesti em ensaio



 
Publicado pelo Ego
 
O ator Milhem Cortaz, de "Tropa de Elite", se transformou em travesti para o ensaio "TransforMANtion", assinado pelo fotógrafo Chico Muniz. O ator, que foi convidado para o projeto por Milton M. Filho, não viu problema em posar de salto alto e passando batom. Nas fotos, Milhem interpreta um homem que foge de sua rotina para viver sua identidade secreta, um travesti.



quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Malásia realiza seminários sobre como identificar crianças gays


Ministério da Educação da Malásia está recomendando uma lista de características que acredita poder ajudar os pais a identificar ahomossexualidade em seus filhos.
A lista foi distribuída aos participantes de um seminário e publicada pelo diário chinês “Sin Chew Daily”. Entre os “sintomas” listados para detectar a homossexualidade nos meninos, estão: ter um corpo musculoso
De acordo com um folheto distribuído em um seminário recente, sinais de homossexualidade em meninos podem incluir a preferência por roupas apertadas e de cores claras e bolsas grandes, noticiou a mídia local.
Para meninas, os detalhes são menos claros. Meninas com tendências lésbicas não têm afeição por homens e gostam de andar e dormir na companhia de mulheres, disseram as reportagens.
A Malásia reprova o sexo oral e gay, descrevendo-os como sendo contra a ordem da natureza. Sob a legislação civil, os transgressores --mulher ou homem-- podem ser presos por até 20 anos, espancados ou serem penalizados financeiramente.
A intolerância oficial aos gays tem crescido. No ano passado, apesar das críticas generalizadas, o Estado da costa leste de Terengganu criou um campo para meninos "afeminados" para mostrar e eles como se tornar homem.
gostar de exibí-lo usando camisetas com gola Vpreferir roupas de cores claras; e usar bolsas grandes ao sair.

Gays ameaçam ficar nus contra título de Silas Malafaia



O título de Cidadão de Salvador para o pastor Silas Malafaia, indicado pelo vereador Héber Santana (PSC) e aprovado pela Câmara Municipal da capital baiana é alvo de discórdia entre integrantes do movimento gay e entidades evangélicas.
 
A entrega aconteceria no próximo dia 27 de setembro mas foi adiada para uma data ainda não definida. De acordo com informações publicadas pelo jornal A Tarde, nesta quarta-feira (19), as principais entidades do movimento homossexual já enviaram um comunicado à presidência da Câmara pedindo que o título seja revogado pois acusam Malafaia de homofóbico.
 
Ainda de acordo com a publicação, em reação, a Associação Batista de Salvador, Sociedade Bíblica na Bahia e outras entidades evangélicas protocolaram uma solicitação defendendo a concessão do título. Caso o título seja concedido, os gays ameaçam tirar a roupa em frente a Câmara dos Veredores, e para isso convocaram os associados da Associação dos Travestis de Salvador (Atras).
 
Para o antropólogo fundado do Grupo Gay da Bahia (GGB), Luiz Mott, Malafaia seria o "inimigo número um os homossexuais, pois não reconhece o direito do casamento homoafetivo, é contra a equiparação da homofobia ao racismo, está processando caluniosamente lideranças gays e instigou a descer o porrete nos homossexuais. Só trouxe ódio aos baianos".
 
Ainda de acordo com a reportagem, os homossexuais também protocolaram pedido de apoio à Comissão da Diversidade Sexual contra a Homofobia da Ordem dos Advogados do Brasil e iniciou uma abaixo-assinado nas redes sociais. Além disso, eles convocaram artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Marina Lima, Preta Gil entre outros para apoiar o movimento.

Senador australiano relaciona casamento gay, poligamia e zoofilia


Cory Bernardi era da oposição e renunciou ao cargo um dia após declaração.
Alguns estados e territórios do país admitem uniões civis homossexuais.




Um senador australiano renunciou nesta quarta-feira (19) a um cargo parlamentar após provocar uma polêmica ao afirmar que legalizar o casamento homossexual é um passo para aceitar a poligamia e o bestialismo.
O líder da oposição, Tony Abbott, anunciou em entrevista coletiva que o senador Cory Bernardi não era mais seu secretário parlamentar. Hoje, a Câmara dos Representantes rejeitou uma proposta para legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Abbott qualificou os comentários de Bernardi de "inaceitáveis" e acrescentou que apesar de ser uma pessoa conservadora e tradicional, a coalizão opositora está comprometida a não permitir que as minorias sexuais "não se sintam como estranhos em seu próprio país".
Bernardi disse ontem à noite durante um debate no Senado sobre a iniciativa para legalizar o casamento homossexual que o projeto era incentivado por "radicais" e que talvez o passo seguinte fosse aceitar uma união permanente de "três ou quatro pessoas".
"Há gente assustadora por aí...Que dizem que é normal relações sexuais consentidas entre humanos e animais. Este será o próximo passo? No futuro nós falaremos: 'estas duas criaturas se amam e talvez elas possam constituir uma união'", afirmou Bernardi.
Suas declarações foram imediatamente criticadas por todas as tendências políticas. O conservador Malcolm Turnbull as classificou como "ofensivas", "extremas" e "histéricas".
A Câmara dos Representantes e o Senado estão analisando quatro projetos de lei para legalizar o casamento homossexual entre pessoas do mesmo sexo.
Nesta quarta-feira a Câmara dos Representantes da Austrália se opôs de à aprovação (98 votos a 42) de um destes projetos, apresentado pelo trabalhista Stephen Jones.
A primeira-ministra australiana, Julia Gillard, opinou em várias ocasiões que considera que o casamento só pode ser constituído entre um homem e uma mulher, embora tenha afirmado que respeitará a decisão de seu partido.
A Austrália não reconhece o casamento homossexual, embora alguns estados e territórios do país admitam uniões civis de pessoas do mesmo sexo e discutam a permissão do casamento homossexual.

Médico perde lincença profissional ao tentar "curar" homossexual com castração química


 
 
Publicado no DN de Portugal
 
Austrália - Mark Craddock perdeu a sua licença para exercer medicina depois de, em 2008, ter prescrito medicamentos para castrar quimicamente um jovem e o "curar" da sua homossexualidade. Ambos pertenciam ao grupo religioso Exclusive Brethren.
 
O médico receitou ao paciente acetato de ciproterona, uma substância utilizada em homens adultos para o controle da libido em casos severos de hipersexualidade ou desvios sexuais ou no tratamento do carcinoma de próstata, segundo o jornal espanhol 'ABC'.
 
Numa carta às autoridades de saúde, o paciente, cuja identidade não é conhecida, afirmou que foi um dos líderes religiosos que lhe aconselhou Craddock e que sugeriu ao médico a medicação. A consulta não durou mais que dez minutos.
 
Craddock admitiu às autoridades que não teve conhecimento do historico médico do paciente, não o submeteu a qualquer exame físico nem lhe falou dos efeitos secundários da medicação, que incluem impotência sexual. O médico, de 75 anos, foi condenado pela sua conduta não profissional e proibido de praticar a profissão.
 
O grupo religioso Exclusive Brethren é uma vertente da igreja evangélica que se subdividiu e se distingue da Christian Brethren e Open Brethen. Os ensinamentos da Bíblia e a unidade familiar devem levados de forma rígida e a socialização com outras religiões não é bem vista.

Aumenta número de gays na política, mas diminui o de heteros aliados


 
Visto no Globo
 
Ao mesmo tempo em que a comunidade LGBT comemora o crescimento no número de candidatos homossexuais nas eleições deste ano - de oito em 1996 para 155 em 2012, aumento de 1.900% -, um outro fator preocupa gays, lésbicas e transgêneros: o número de aliados (como chamam candidatos heteros simpáticos à causa) diminui a cada pleito.
 
Em 2008, mais de 200 candidatos heterossexuais assinaram o termo de compromisso da associação nacional LGBT, com diretrizes sobre os direitos da categoria. Nesse ano, apenas 43 se declararam dispostos a respeitar esses direitos.
 
- Enquanto os gays fazem com que a política saia do armário, os aliados estão cada vez mais enrustidos. É aquela coisa: 'você finge que não sabe e eu finjo que não sou´, alerta o presidente da associação, Toni Reis, para quem o fundamentalismo religioso tem ajudado a diminuir a defesa da causa por parte dos candidatos heteros.
 
Ainda que a comunidade festeje a evolução dos quadros de candidatos assumidos, o número ainda é ínfimo: em todo o país. o TSE registrou 83.707 pedidos de candidaturas. Os candidatos homossexuais representam uma parcela de 0,18% do total.
 
Atualmente, há uma candidatura (gay) ao cargo de prefeito de João Pessoa e 154 candidaturas a vereador em 24 dos 26 estados. Não há representantes apenas no Acre e Mato Grosso. No total, são 85 candidaturas de gays, 25 de lésbicas, 24 de transexuais, 16 de travestis, quatro de bissexuais e uma de drag queen.

Revoltado com discurso de Garotinho contra gays, coordenador abandona campanha no Rio


 
Publicado pelo Mix Brasil
 
Vídeo com discurso anti-gay de Garotinho provoca demissão de coordenador da campanha do DEM no Rio
 
No programa de TV do DEM carioca, que tem Rodrigo Maia como candidato à Prefeitura, exibido na sexta-feira da semana passada, o ex-governador Garotinho atacava o atual prefeito Eduardo Paes (PMDB) por ele ter desenvolvido políticas públicas LGBT em seu governo e pedia para que eleitores não votassem nele, que é atual líder das pesquisas.
 
O vídeo fez com que o coordenador da campanha de Rodrigo Maia, Marcelo Garcia, deixasse o cargo. “O prefeito (Eduardo Paes) vai na passeata gay, apoia a formação da família gay, vende o Rio como a capital mundial do turismo gay. E depois vai para a igreja evangélicas e diz: ‘Glória a Deus! Aleluia!’? Isso é hipocrisia. A quem o Eduardo Paes quer enganar?” atacou Garotinho no vídeo.
 
Em sua carta de demissão, Marcelo fala diretamente a Garotinho. "O senhor tenta usar a insegurança diária da comunidade gay num oportunismo político com o prefeito Eduardo Paes. Na prefeitura Cesar Maia apoiávamos a Parada Gay. Inclusive eu ia dar o beijo de abertura. Na prefeitura Cesar Maia iniciamos o projeto mais importante no país de proteção a travestis. Na prefeitura Cesar Maia garantimos muitos direitos de gays e lésbicas. Tenho um enorme orgulho de tudo que fiz no governo. Eu fico triste em ver um homem como o senhor usar a comunidade gay para confrontar uma campanha eleitoral de adversários".
 
"Na última sexta feira, ficou claro que nós dois sempre seremos de lados opostos nesta vida. Eu acredito na igualdade e no direito universal das pessoas serem respeitadas. O senhor não acredita numa vida de igualdade. O senhor deixa claro que tem outra posição sobre gays, lésbicas, travestis e transexuais", disse ele, na carta.

Madonna dedica ‘Masterpiece’ a Lady Gaga e diz que as duas podem dividir o palco




Publicado pelo Extra
 
Madonna segue dando o que falar com a turnê “MDNA”. Neste fim de semana, na apresentação em Atlantic City, nos Estados Unidos, a cantora dedicou uma música para Lady Gaga e ainda disse que um dia as duas dividirão palco. Registrado em vídeo, o momento antecedeu a música “Masterpiece”.
 
“Eu dedico essa próxima canção a Lady Gaga. Quer saber? Eu a amo. Amo mesmo. Imitação é a maior forma de elogio! E um dia, muito em breve, ainda estaremos juntas no palco! Acham que estou brincando?”, disse a loura.
 

 
A delcaração acontece após uma desavença entre as duas cantoras pop. Na estreia da turnê, em Tel Aviv, Madonna debochou de Gaga, cantando um mash-up de “Express yourself” com “Born this way”, e arrematando com o verso “She’s not me” (sobre uma menina que começa a copiá-la em tudo o que faz, até na “marca de lingerie”).
 
Até Elton John entrou na briga e, saindo em defesa de Gaga, declarou que a carreira de Madonna já havia acabado.
 
Madonna também criou polêmica na França ao exibir um vídeo em que a política Marine Le Pen aparece com uma suástica no rosto e defendeu a causa homossexual, em São Peterburgo, na Rússia, onde a propaganda gay é proibida.
 
Em dezembro, a cantora trará a turnê para o Brasil. Ela passa por Rio de Janeiro, no dia 2, São Paulo, dias 4 e 5, e Porto Alegre, dia 9.

Contradição: "Nada é pior que crescer com dois pais", diz ator gay Rupert Everett


 
Publicado pelo ParouTudo
Por Welton Trindade
 
O surto psicológico ou a homofobia são bem democráticos. Afetam até os homossexuais! O ator gay assumido Rupert Everett se saiu com essa frase: “Nada é pior do que ser criado por dois pais”. Isso mesmo, um gay famoso falando uma asneira dessa.
 
A declaração, dada à revista do jornal Sunday Times, foi logo rebatida por gente com dois neurônios: não há uma pesquisas sérias que demonstrem o que Everett afirma com tanta convicção e que causa tamanho desserviço à causa!
 
Tem gente precisando de atenção e… Enfim!

"Demonização eleitoral dos gays", por Gilberto Dimenstein


 
 
Publicado pela Folha
Por Gilberto Dimenstein
 
A nota da Igreja Católica contra Celso Russomanno é baseada num artigo leviano do bispo licenciado da Igreja Universal e coordenador de sua campanha, acusando os padres de estimular a distribuição do chamado "kit-gay". Essa é uma obsessão religiosa de evangélicos, católicos, islâmicos e judeus --e fonte de perversidades.
 
Está aí um bom momento para debater essa questão, já que, por conta das eleições municipais, entrou na agenda --e da pior forma possível. Os homossexuais são vítimas cotidianas de diferentes tipos de violência, a começar nas escolas, onde se formam ou se reforçam os preconceitos. O que devem fazer os governantes? Ficar de braços cruzados em nome dos princípios religiosos?
 
O sensato --mais do que sensato, a obrigação-- dos governantes é tentar ajudar os estudantes a saber conviver e respeitar a diversidade. Ou devemos levar para dentro das escolas cartilhas religiosas que estimulem a segregação?
 
O chamado "kit gay" foi preparado por educadores e especialistas para evitar a violência que acompanha a demonização das minorias. Mas como evangélicos fazem parte da base do governo, Dilma Rousseff ajudou a enterrar essa material. Como se sabe, o PRB apoia seu governo.
 
Mas como religião vira cada vez mais assunto eleitoral, com a conivência dos candidatos e dos partidos, somos obrigados a ver olhares medievais orientando políticas públicas.
 
O pior é que os gays, já massacrados normalmente, não sabem nem reagir e apanham calados. Mas eles ajudam a projetar o melhor de São Paulo: ser uma cidade da diversidade.

Rodrigo Maia condena casamento gay


 
Publicado no O Dia
 
A saída de Marcelo Garcia da campanha de Rodrigo Maia (DEM), da qual era um dos coordenadores de seu programa de governo, continua dando o que falar. Ontem, em entrevista ao “RJTV”, da Rede Globo, Rodrigo Maia defendeu o ex-governador e atual aliado Anthony Garotinho (PR), e reiterou sua posição contrária ao casamento gay. Rodrigo lamentou a saída do ex-coordenador.
 
No sábado, Garcia anunciou sua saída após se indignar com os ataques de Garotinho ao prefeito Eduardo Paes, que apóia grupos LGBTs e quer se aproximar dos setores evangélicos.
 
“O Marcelo era um consultor remunerado do partido, com grandes qualidades. Nosso partido é conservador e o Marcelo sempre soube disso. O governador Garotinho não falou nada contra os homossexuais. Ele falou o contrário, o que se tratou foi de uma hipocrisia de se tentar ter os dois lados ao mesmo tempo”, defendeu Maia.
 
Garcia, pelo Twitter, lamentou ter sido rebaixado a “consultor remunerado” na entrevista de Maia e disse que está havendo uma guerra santa na campanha. “Eu era consultor remunerado? Não era Coordenador do Programa de Governo? Eu sou um quadro técnico, sim, e não vou me curvar a uma agenda de ódio e guerra santa que de conservadora não tem nada. Eu não mudei. Quem mudou foi ele”.
 
Mais lenha
 
O prefeito Eduardo Paes jogou gasolina na fogueira criada pelos seus adversários. na segunda à tarde, após visita às obras na Praça da Bandeira, Paes voltou a defender o direito dos homossexuais.
 
“Tenho um enorme desprezo por quem tem ódio. Essa cidade é uma cidade muito diversa. Não dá para ficarmos com preconceito. Esse é um charme característico do Rio. E não vejo problema em continuar apoiando os movimentos gays e pedindo voto nas igrejas evangélicas”.

Filme "Vestido de Laerte" retoma episódio em que cartunista foi proibido de usar banheiro feminino


Publicado pelo UOL
 
O curta-metragem "Vestido de Laerte" relembra o episódio em que o cartunista foi proibido de usar o banheiro feminino de um restaurante, no início do ano. Apesar da história não estar no primeiro roteiro do trabalho, a codiretora da produção, Claudia Priscilla, que já tem um histórico de trabalhos ligados às questões do travestismo e sexualidade, diz que o assunto precisava ser abordado pois causava "uma inquietação muito grande".
 
"No primeiro roteiro, o filme terminava numa festa, no mesmo estilo dos quadrinhos do Laerte, mas achamos que ia ficar muito aberto. Essa questão da proibição ao uso dos banheiros já era uma inquietação muito grande para nós, por isso a inserimos junto com a história do Laerte", explica a diretora. No filme, uma mistura entre ficção e histórias vividas pelo cartunista, Laerte vai a uma espécie de órgão do governo entregar uma série de documentos para ganhar o direito a frequentar o banheiro feminino.
 

A ideia para o filme veio do outro diretor, Pedro Marques, que conviveu com os dois filhos de Laerte na infância: "Das poucas lembranças de infância que tenho, ele está sempre junto. Leio 'Piratas do Tietê' desde quando tinha 6 anos". Das lembranças do passado e de acompanhar o processo em que o cartunista começou a se vestir de mulher no dia a dia, surgiu a ideia de fazer um documentário. O cartunista, no entanto, disse não se achar "tão interessante" para isso, mas disse que toparia fazer uma ficção.
 
Os diretores então fizeram uma série de entrevistas com Laerte e elaboraram um roteiro baseado livremente nas histórias e aberto a improvisações. A travesti Fedra de Córdoba, que já foi tema de outro curta de Claudia, "Phedra" (2008), participou do filme como uma espécie de protetora de Laerte. O diretor Kiko Goifman, marido de Claudia, também faz uma ponta no curta, como o funcionário do governo.