Visto no Jornal Opção /
Por Elder Dias /
Richarlyson não é mais aquele bom jogador de meados da década passada, quando chegou a ser cogitado para a seleção, na melhor fase do São Paulo. Ainda assim o Palmeiras quis trazê-lo para o clube em 2012. Recuou na intenção quando a imprensa noticiou o fato e conselheiros e torcedores homofóbicos reagiram — o atleta é “acusado” de ser homossexual.
Um manifesto da torcida palmeirense na internet dizia que o jogador não poderia atuar pelo clube não por ele ser “supostamente homossexual”, mas pelos “trejeitos afeminados” e por ter jogado no “inimigo” (o São Paulo). Um dirigente da torcida foi mais além: ameaçou expulsar o jogador da cidade na pancada quando pisasse no aeroporto.
Sites de humor na internet brincam rotineiramente com a sexualidade de Richarlyson. Profissionais da imprensa esportiva chamam-no maliciosamente de “Ricky”.
Richarlyson, se não é gay, é claramente andrógino. Pelo que diz no manifesto, a torcida do Palmeiras até suportaria um jogador homossexual, desde que não parecesse homossexual. Se ser gay não é fácil — não é à toa que a maioria prefere o conforto do armário —, no futebol não há tolerância a quem ao menos pareça gay.
E segue a hipocrisia.
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