terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Eles sairam do armário em 2011


Muita gente saiu do armário mundo a fora em 2011 e alguns dos que abriram publicamente sua opção sexual estão aqui. Tem uns bem gatos.
Anton Hysen, jogador de futebol
Gus Johnston, ex-jogador de hóquei
Blake Skjellerup, patinador neozelandês
Bruno Julliard, político francês
Franck Riester, político francês
Graeme Obree, ciclista
Jed Hooper, jogador de rugby
Johnny Weir, patinador americano
Jeffrey Wammes, ginasta holândes
Rick Welt, ex-presidente da equipe de profissionais da Phoenix (basquete)
Sean Maher, ator americano
Steven Davies, jogador de cricket inglês
Matthew Raymond Barker, vencedor do X Factor francês

sábado, 28 de janeiro de 2012

Renault faz anúncio com casal gay e causa polêmica na França


Visto no Terra 
Dica do Querido Augusto Martins (via Twitter)

Um anúncio do modelo Twingo, da montadora francesa Renault, traz um casamento gay para mostrar a nova versão do carro. De acordo com o Huffington Post, o vídeo disponível na Internet causou discussão na França, onde o casamento homossexual é ilegal.

O anúncio mostra uma mulher vestida de branco, sentada, com um buquê de flores na mão, ao lado do pai dirigindo o carro, a caminho da igreja. Quando chegam ao local, o pai se despede da filha, como se a entregasse para um homem mais novo que está no altar. Porém, é ele quem sobe e vai ao encontro do outro homem.

No final do vídeo, os dois homens aparecem de mãos dadas, recém-casados, com a multidão jogando arroz para o alto, celebrando a união. Ao final, a montadora mostra o slogan "Os tempos mudaram. O Twingo também".

Homossexual é agredido na fila de supermercado em Bauru, SP



Publicado pelo G1

Um homem foi agredido em um supermercado em Bauru, no interior de São Paulo, após uma discussão, na tarde desta quarta-feira (25). Segundo a vítima, além de ser agredido com um soco na boca, ele teria sido ofendido devido a sua opção sexual.

A vítima, que preferiu não se identificar, contou que estava no caixa de um supermercado localizado na Rua 13 de Maio e um homem que estava logo atrás na fila colocava suas compras em outro caixa.

De acordo com a vítima houve discussão, o agressor o xingou e em seguida desferiu um soco em sua boca. O homem registrou um Boletim de Ocorrência por agressão e deve passar por exame de corpo de delito.

Ainda segundo com ele, no supermercado ninguém ofereceu ajuda. "O gerente ainda me pediu para parar de criar confusão e sair do estabelecimento", afirmou. O outro indivíduo envolvido na briga foi embora do local e ainda não foi identificado.

O gerente do supermercado disse que, oficialmente, não tem nada a declarar porque a ocorrência não envolveu os funcionários do local e ele não estava presente no momento do desentendimento.

De acordo com a Polícia Civil, o boletim foi registrado e será encaminhado para o 3º Distrito Policial, para que sejam tomadas as providências cabíveis e o caso seja investigado.
  


Veja notícia no G1: clique aqui!

Colômbia tem sua primeira transexual em cargo político



Publicado no Jornal de Notícias

É a primeira vez que uma transexual ocupa um cargo político na Colômbia. Com 34 anos, Tatiana Piñeros faz história ao mesmo tempo que gere seis mil funcionários e um orçamento de milhões de euros.

A nova directora da Secretaria de Integração Social de Bogotá garante que nunca a verão envergonhada na rua por ser transexual. "Sou uma mulher com 1.75 metros de altura e uso saltos altos. Chamo a atenção não por ser 'transexual', mas pela minha altura. E porque caminho com graciosidade e segurança", disse Tatiana Piñeros ao jornal espanhol "El Mundo".

A nova aposta da Câmara Municipal da capital colombiana tem a seu cargo um dos projectos mais importantes para o autarca Gustavo Petro: criar uma rede de seis mil jardins de infância. Cerca de 220 milhões de euros estão envolvidos nesta missão. Mas desde que assumiu o cargo, a vida pessoal de Tatiana Piñeros tem sido o alvo de todo o interesse.

Vai à missa todos os domingos e vive com um só objectivo - ser feliz. Na sua nova posição política diz estar ciente de que o facto de ser transexual não lhe permitirá ter o direito de falhar. "Os heterossexuais podem fazer outros trabalhos mesmo não tendo qualificações, mas um transexual nem mesas pode limpar", disse ao diário espanhol. "Temos que ser as melhores".

Toda a vida sentiu que era uma mulher, mas só há cinco anos fez a mudança de sexo. Hoje, descreve-se como uma mulher "forte e sensível" e diz que a sua condição sexual a obrigou a cultivar uma "personalidade de ferro".

Defensora de uma política sem ataques pessoais, Tatiana Piñeros espera que, no final do seu mandato, daqui a quatro anos, Bogotá seja uma cidade "inclusiva, próspera e humana".

Veja postagem no Jornal de Notícias: clique aqui!

Cartunista que se veste de mulher é proibido de entrar em banheiro feminino




Publicado no Correio24horas

O caturnista Laerte Coutinho, 60 anos, adepto do crossdressing (pessoas que vestem-se do sexo oposto), foi proibido de usar o banheiro feminino de uma pizzaria em São Paulo. Segundo a Folha de S. Paulo, uma cliente do estabelecimento reconheceu Laerte e reclamou com um dos donos do restaurante depois que o viu no banheiro feminino.

A polêmica começou depois que Laerte contou o episódio em seu perfil do Twitter. A coordenadora estadual de políticas para a diversidade sexual, Heloísa Alves, ligou para o cartunista afirmando que a pizzaria descumpriu a lei sobre discriminação por orientação sexual ou identidade de gênero e que ele poderia reivindicar judicialmente seus direitos.

Na rede social, a situação dividiu a opinião dos internautas e ganhou apoio entre associações de travestis e transexuais. Questionada pela Folha, a presidente da Comissão da Diversidade Sexual e Combate à Homofobia da OAB-SP, Adriana Galvão, afirmou que não há lei específica sobre o tema.

Laerte, que veste-se de mulher há cerca de três anos e se define como alguém com "dupla cidadania". O cartunista declarou ainda não ter preferência por um banheiro específico, mas não abre mão do seu direito pretende acionar a justiça. 

Veja notícia no Correio24horas: clique aqui

Pais decidiram que filho é de "género neutral" para evitar estereótipos




Publicado pela portuguesa Visão
Por Manuela Cipriano

Beck Laxton, uma editora web britânica de 46 anos e o seu companheiro, Kieran Cooper, 44, esconderam, durante 5 anos o género de um dos seus filhos.   Ao optarem por um nome neutro, Sasha, a situação foi facilitada. A família e alguns amigos próximos eram os únicos que conheciam a sua identidade sexual. E durante muito tempo referiam-se a ele como "a criança" (infant no inglês), evitando qualquer tipo de pronomes de género, tais como "ele" ou "ela".

A mãe Beck justifica esta opção educativa por considerar que os estereótipos são estúpidos. "Porque se hão-de colocar as pessoas em gavetas?" - interroga-se. Acredita que o facto de se determinar o que a criança veste e os brinquedos com que brinca vai impedir um saudável desenvolvimento da sua personalidade.

Exemplos desta indeterminação de género em Sasha são ilustrados em situações como o facto de o seu quarto ser amarelo e o ter sido encorajado a brincar com todo o tipo de brinquedos, inclusivamente bonecas. Em questões de vestuário usava o que quer que fosse que lhe servisse, incluindo roupa antiga da irmã ou do irmão mais velhos. Dentro de casa costumava inclusivamente vestir um tutu de ballet e asas ou um biquini cor de rosa. O/a própria Sasha afirmou que a tradição do rosa ser para meninas e o azul para meninos é algo disparatado.



A mãe defende que todos estes comportamentos eram espontâneos e que Sasha nunca foi forçado a nada - tinha a liberdade de fazer o que quer que lhe apetecesse, sem estar condicionado pela dicotomia masculino/feminino. Beck apenas decidiu identificar o género do seu filho quando ele entrou na escola primária. Obviamente, a partir desse momento, ele teria de se habituar a ser um menino/rapaz perante os seus colegas.

Mas mesmo aí ela lutou para defender a liberdade de género do seu filho. Enquanto meninos e meninas tinham de usar uniformes diferentes, Sasha veste uma blusa de menina e umas calças masculinas. A mãe diz ainda: "Se ele tem bons amigos e relações saudáveis nada mais deverá importar, certo?" 

Críticas

Esta história toca um tabu cultural e ancestral forte da nossa sociedade e ainda não há respostas claras. A situação só se tornou um problema, a partir do momento em que se tornou pública.

Críticos e internautas ficaram de ânimos exaltados e rotularam os pais de Sasha de abusivos e doidos, chegando a sugerir que a criança deveria ser entregue aos serviços sociais. Alguns receiam que esta situação a possa vir a fazer a criança sentir-se confusa na sua identidade sexual. Por sua vez, a família parece estar confiante com a decisão tomada e não se sente incomodada ou arrependida.  

Paulo Côrte-Real, presidente do ILGA, acredita que o importante é o fato de se ter dado prioridade ao bem-estar da criança - o que falha muitas vezes da parte de familias e educadores. Isso é algo que acontece usualmente quando as crianças nascem com sexo indefinido, ou com ambos, e acabam por ser "corrigidas e abusadas fisicamente" para que o seu género seja definido e categorizado, sem qualquer opção daquela. 



A maioria dos que se insurgiram contra a história de Sasha tentavam, sobretudo, agredir a comunidade LGTB. Mas não conseguiram determinar de forma clara a verdadeira diferença entre géneros. Uma colunista do jornal diário britânico Daily Mail considerou que quebrar as normas de género pode levar a sociedade a "sofrer uma lavagem cerebral, agindo como se as diferenças entre masculino e feminino não existissem". E tal seria "reconstruir uma sociedade com uma insustentável utopia de igualdade sexual e de género", afirma.

Afinal o nosso género é definido pela educação e cultura, pela biologia sexual ou simplesmente por uma escolha pessoal? As coisas não são assim tão simples, explica o presidente do Ilga. De facto, "não há imunidade ao género devido à experiência em sociedade". Ele "é por definição uma construção social".

Mas a questão não se esgota numa ou duas noções. Existe a "expressão de género" - que remete para uma maior liberdade pessoal, na escolha de se ser feminino ou masculino, independentemente do sexo. No entanto, também aqui a cultura exerce o seu peso, como por exemplo na forma de vestir, na gestualidade, nos gostos, etc.

Na nossa sociedade as pessoas "são adequadas à categoria (masculino/feminino) e não a categoria à pessoa", ainda segundo Paulo Cardoso. E mesmo se a própria natureza produz uma grande variedade de géneros, eles não se adequam à necessidade da dicotomia social masculino/feminino. Então a confusão de identidades de género está instalada. Daí Paulo Côrte-Real afirmar também que "o próprio sexo é uma construção social".

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Adolescente gay de 14 anos se suicida depois de sofrer assédio homofóbico


Visto no Site Nossos Tons 

Mais um adolescente gay se suicida nos Estados Unidos. Agora foi a vez de Philip Parker, um garoto de 14 anos que foi vítima de assédio homofóbico na escola. A tragédia ocorreu no Tennessee, estado cujo Senado votava a um ano, um projeto de lei que proibia professores de mencionar a homossexualidade em sala de aula. 

Os pais do garoto, se arrependem por não estarem plenamente conscientes do sofrimento pelo que seu filho estava passando. "Eu deveria ter percebido que algo estava errado, mas ele parecia feliz", disse sua mãe, Gena Parker. Aparentemente, depois de descobrir o corpo enforcado do garoto, seus pais encontraram um bilhete escrito a mão que dizia: "Por favor, me ajude mamãe". Philip teria dito também a sua avó, Ruby Harris, que se sentia como se havia uma grande pedra oprimindo seu peito, e que tudo que ele queria era se livrar dela e poder respirar livremente.
 
A morte Phillip Parker aconteceu logo após outro adolescente gay do Tennessee, Jacob Rogers, tirar sua própria vida depois de, também sofrer assédio homofóbico, e alguns dias após o suicídio de dois jovens, depois de anos de sofrimento pela mesma causa: Jeffrey Fehr, 18, e Eric James Borges, de 19 (este último cresceu em uma família fundamentalista cristã que inclusive tentou exorcizá-lo). Estes são apenas alguns dos casos de suicídio de adolescentes que vem acontecendo nos últimos anos e que, infelizmente, não param, e provavelmente representam apenas a ponta do iceberg.

O Tennessee não é exatamente um estado fácil de se implementar políticas contra o bullying homofóbico. Em maio de 2011, o Senado aprovou um projeto de lei proibindo os professores de ensino fundamental e médio no Estado a fazerem qualquer menção a homossexualidade em sala de aula. O projeto, também conhecido como "don’t say gay",  foi patrocinado pelo deputado Stacey Campfield, que passou vários anos lutando para levá-lo adiante.

A medida não conseguiu entrar em vigor, uma vez que estava aguardando a ratificação pela Câmara dos Representantes do Estado, mas não se descarta sua futura aprovação. Enquanto isso, os conservadores do Tennessee promovem outro projeto que impediria a punição a homofóbicos, quando o assédio moral for motivado por preceitos religiosos.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

"O beijo gay na TV" Por WALCYR CARRASCO



Por WALCYR CARRASCO para o site da Revista Época

A autora Glória Perez foi pioneira. Em 2005, tentou mostrar um beijo entre dois homens na novela América, da TV Globo. Chegou a ser gravado, mas não foi exibido. Desde então, novelistas, diretores, atores são constantemente interrogados sobre o tema. A favor ou contra? Já houve um beijo entre duas mulheres na novela Amor e revolução, do SBT, no ano passado. Sem repercussão nenhuma. Mas o que se quer realmente saber é se a Globo, emissora de maior audiência no país, ousará exibir o beijo. De acordo com a reação do entrevistado, explode um tiroteio. O último baleado pelas organizações de defesa dos direitos homossexuais foi o ator Marcelo Serrado. Em entrevista a um jornal paulistano, ele declarou não ser propriamente contra. Mas a favor da exibição em horário tardio, para que crianças como sua filha, de 7 anos, não assistam. Mexeu num vespeiro. Diante do bombardeio no Twitter, telefonei para Serrado. Escrevi no meu blog a respeito, em epoca.com.br. A mim, ele afirmou viver longe do preconceito, pois tem muitos amigos gays, que inclusive o ajudaram na composição de Crô, o mordomo afetado que interpreta na novela das 21 horas, Fina estampa. A perspectiva de Serrado para muitos pode soar preconceituosa. Mas é a do cidadão comum. Ouço constantemente esse tipo de argumento. Recentemente, um fotógrafo estava em minha casa e comentou de forma idêntica ao ator: – E se minha filha visse?



Não conversei diretamente com nenhum alto diretor da emissora. Acredito que o motivo pelo qual o beijo gay ainda não foi exibido é por não fazer parte do cotidiano da população. A televisão entra na casa das pessoas, participa de sua intimidade. Ninguém espera deparar com um casal homoafetivo aos beijos em restaurantes, cinemas ou ruas. Os lugares onde isso acontece são estigmatizados e tratados como bolsões rotulados como territórios gays. É o caso da praia na Rua Farme de Amoedo, em Ipanema, no Rio de Janeiro, e do Shopping Frei Caneca, em São Paulo, ao qual muitos se referem como “Gay Caneca”. A preocupação da emissora é, obviamente, sofrer rejeição semelhante à de um restaurante onde as famílias deparassem com beijos gays quando fossem comer uma macarronada com seus filhos.


A lei brasileira não criminaliza o beijo gay. “A união estável entre parceiros do mesmo sexo é reconhecida no país, e para alguns juízes equiparada ao casamento. Isso implica que os casais do mesmo sexo tenham direito a demonstrações afetivas”, afirma o advogado paulista Alfredo Migliore, de 33 anos. Uma lei mais dura, que criminaliza a homofobia, está parada no Senado. É um caso raríssimo em que a lei está à frente da realidade. O próprio Ministério da Justiça, responsável pela classificação indicativa e pelo monitoramento dos programas de televisão, já deu sinal verde para a exibição do beijo gay. E isso ouvi pessoalmente.


– Por que uma criança não pode assistir a beijos gays e sim a héteros, fartamente exibidos em todas as novelas? – pergunta um militante da causa GLBT.


A questão é complexa. Os grupos homossexuais ambicionam que a televisão promova a abertura de costumes, de cima para baixo. Não é assim que acontecem, historicamente, as transformações sociais e políticas. Elas começam de baixo para cima, em movimentos intensos. Um ativista argumentou que as paradas gays, em todo o país, são maiores que as antigas manifestações pelas Diretas Já. Mas as paradas, como já afirmei, são mais semelhantes a micaretas. Eventos festivos e isolados não promovem revoluções. Assim como não se incorporam ao cotidiano as liberdades vividas pelos homossexuais nos bolsões onde foram plantadas as bandeiras do arco-íris. Não tenho dúvida de que, se os gays se beijassem publicamente, onde quer que fosse, as novelas já mostrariam isso, porque seria um comportamento incorporado à realidade da população.


Tenho certeza de que a exibição de um beijo gay numa novela global está para acontecer. Séries americanas como Glee, Bones e House, destinadas ao grande público, já mostraram beijos gays. E o mundo não caiu por causa disso. No Brasil, não é mais questão de “se”, mas de “quando”. É esperar para ver. Mas não acredito que um beijo no horário nobre vai por si só promover a aceitação. Isso só acontecerá quando os gays incorporarem os direitos já conquistados e, apesar das eventuais agressões, incorporarem as demonstrações afetivas no cotidiano.

domingo, 22 de janeiro de 2012

James Franco estrelará filme sobre o fotógrafo Robert Mapplethorpe, ícone da pop art LGBT.



Por Homorrealidade

O ator James Franco (“127 Horas”) irá protagonizar “Mapplethorpe”, filme biográfico sobre o polêmico fotógrafo norte-americano Robert Mapplethorpe (1946 -1989), que marcou a pop art com fotos de nudez masculina, homossexualidade e sadomasoquismo, entre outras referências. 

O longa será produzido com o apoio do Tribeca Film Institute, por meio do Programa Tribeca All Access, que selecionou a cinebiografia entre os dez melhores projetos de um concurso que envolveu 690 candidatos. US$ 15 milhões serão disponibilizados inicialmente para as filmagens. O filme será dirigido por Ondi Timoner, mais conhecido como documentarista (“Cool It”, “Librarty of Dust”, “We Live in Public”).

Mapplethorpe foi um dos mais controversos fotógrafos do século 20. Conhecido como o documentarista da cena sadomasoquista gay, Robert percorreu um longo caminho entre sua infância no Queens, em Nova Iorque, até o submundo gay mais radical. Embora sua arte tenha percorrido vários caminhos, foi na fotografia que este homem dúbio e perseverante se afirmou. Frequentador de bares leather, era capaz de circular também na alta roda social.

Com personalidade marcante, Robert desafiou a censura e a sociedade de sua época, sendo vitimado pela AIDS em 1989. Sua primeira exposição póstuma (1990) chegou a ser considerada obscena, abrindo um debate sobre o que deveria ser considerado arte pelos tribunais de justiça dos EUA. 

Robert traz um histórico de loucas aventuras sexuais e algumas manias. Costumava usar uma caveira como símbolo e chegou a dormir numa gaiola gigante, com lençóis pretos na cama. Bissexual assumido, o fotógrafo viveu uma conturbada relação com a roqueira Patti Smith e teve uma história de amor e traições com um homem chamado Sam Wagstaff, que talvez tenha sido a relação mais marcante de sua vida. 

Veja algumas imagens do fotógrafo!