Marina Yannakoudakis, eurodeputada britânica e porta-voz dos direitos das mulheres no Parlamento Europeu, defendeu os direitos das lésbicas em África depois de conhecer uma mulher do Uganda que foi violada, torturada e obrigada a dar à luz na prisão.
A eurodeputada submeteu uma proposta que apela a 38 países africanos para acabarem com as leis anti-homossexuais e que punem o ódio e a violência baseados na orientação sexual, identidade de género e expressão de género.
Yannakoudakis apresentou esta proposta no princípio deste ano, quando uma mulher foi acusada de praticar a homossexualidade nos Camarões sendo por essa razão levada a tribunal.
A eurodeputada declarou: “As lésbicas são um grupo particularmente vulnerável à violência e estupro. Eu e outras mulheres do Comité dos Direitos das Mulheres estamos extremamente preocupadas com o escalar desta situação.” E continuou afirmando que uma das razões que a levou a submeter esta proposta foi ter conhecido uma mulher do Uganda que lhe contou a sua história de abuso e maus tratos por ser lésbica.
“Quando o pai de Theresa descobriu que ela era lésbica bateu-lhe e chamou a polícia” contou Yannakoudakis. “Na esquadra de polícia foi espancada e mais tarde violada por dois polícias. Theresa passou mais de um ano na prisão onde foi torturada e violada quase todos os dias. Acabou por engravidar e ter o bebé na sua cela. O bebé nasceu morto e o seu corpo ficou no canto da cela a apodrecer durante dias. Theresa conseguiu finalmente escapar em 2006 e vive em Londres desde então, contudo perdeu a audição devido aos constantes espancamentos.” E rematou “Disseram-me que esta é uma história comum entre as lésbicas que fogem à perseguição em alguns países africanos.”
Marina Yannakoudakis espera que a sua proposta faça realmente a diferença nos países que perseguem pessoas da comunidade LGBT. Ser lésbica é ilegal em 27 nações africanas.
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