segunda-feira, 4 de abril de 2011

Infecção pelo HIV cresce entre gays em países homofóbicos

Políticas tímidas e conservadoras em países de primeiro mundo também são um risco.
Os países com leis que criminalizam a homossexualidade – e outras práticas – estão se tornando um perigo para a saúde dos cidadãos LGBT.
Dados recentes divulgados pela UNAIDS apontam que homossexuais, ao lado de prostitutas e usuários de drogas, são os que registraram um aumento do número de infecções pelo HIV pela falta de apoio médico e orientação devido a leis radicais em países homofóbicos.
Infecção pelo HIV cresce entre gays em países homofóbicos
Enquanto a UNAIDS investe todos os esforços e recursos na prevenção e conscientização do sexo seguro para todos, cerca de 85 países caminham na contramão, criminalizando a homossexualidade – e por consequência – impedindo que cidadãos homossexuais tenham acesso a tratamentos e orientação, adotando práticas sexuais marginais e desprevenidas.
De acordo com Michel Sidibe, diretor da UNAIDS, o maior número de novas infecções – 33% – foi encontrado em gays da China, do Quênia e do Malaui, mas o aumento não se restringe apenas aos países homofóbicos.
Os países conservadores com políticas tímidas pró-LGBT também apresentaram números expressivos e assustadores: nos Estados Unidos o aumento das infecções pelo HIV foi registrado entre gays de 19 a 25 anos.
Depois de anos com poucos casos encontrados nesses grupos temos um novo pico que indica falta de acesso a toda informação e proteção necessárias,” revelou Sidibe.
Quando se fala dos usuários de drogas, os números são ainda mais berrantes – a Ásia Central e a Europa Oriental totalizam 70% dos novos casos de infecção entre usuários de drogas; dos 16 milhões de usuários de drogas em todo o mundo, cerca de 3 milhões são soropositivos e continuam compartilhando material injetável, sendo que apenas 4% dos infectados procuram tratamento.
Michel Sidibe defende que apenas uma campanha global e mais forte pode contribuir para conscientização do sexo seguro e diminuir as infecções pelo HIV.
CIRCUNCISÃO E PROTEÍNA DA BANANA NA PREVENÇÃO DA AIDS
O sexo seguro é a melhor forma de prevenção
Diversos médicos sempre defenderam que os homens deveriam se submeter a circuncisão por reduzir as chances de infecção pelo HIV – o prepúcio seria mais suscetível ao vírus – mas estudos recentes podem apontar uma grande lenda.
O Centro Americano de Prevenção e Controle de Doenças realizou um estudo em 4.900 homens nos Estados Unidos, Canadá e Nova Zelândia e não houve diferença no número de infecções entre os homens circuncidados e os demais em um período de três anos.
Um outro estudo americano, publicado pelos pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Michigan, apresenta um resultado positivo ao defender que uma proteína presente na banana pode colaborar na prevenção da AIDS.
Segundo o site Último Segundo, a pesquisa aponta que a lectina BanLec poderia se ligar a cobertura rica de carboidratos do vírus e bloquear a propagação no corpo humano, além da possibilidade de oferecer uma proteção mais abrangente.
Enquanto os estudos não encontram novas formas eficazes de prevenção à AIDS, a melhor forma de se prevenir é através do sexo seguro, então, use sempre camisinha.

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