Por Bárbara Forte para a Band
A pré-candidata à prefeitura de SP respondeu à crítica afirmando que as minorias também devem ter a opinião respeitada
O “kit gay” – material que seria distribuído em escolas para combater o preconceito contra homossexuais – ainda gera polêmica entre políticos do país. Em resposta à pré-candidata à prefeitura de São Paulo Soninha (PPS), que defendeu o kit em entrevista ao Portal da Band, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), afirmou que se a pré-candidata quer defender a minoria, deve “criar um programa de cotas para homossexuais”.
Soninha afirmou ao repórter André Rigue, em outubro do ano passado, que é a favor do kit e que é um “absurdo” dizer que o material faria apologia ao homossexualismo. Bolsonaro, porém, discorda e acredita que a opinião dele é a da maioria. “Defender o kit gay é defender uma ditadura”, comentou.
Procurada pela reportagem, a pré-candidata se defendeu dos comentários. “Para começar, no regime democrático, você não só respeita a decisão da maioria, como você garante o direito da minoria”, afirmou.
“Quando a gente fala do kit contra a homofobia nas escolas, a gente não está tentando convencer as pessoas a mudar de orientação sexual, até porque orientação não é uma escolha”, completou a pré-candidata.
Bolsonaro chegou a promover uma “homenagem” a outro pré-candidato de São Paulo. Um cartaz escrito "Haddad é o candidato do kit gay", faz menção à campanha que o então ministro da Educação fez, no ano passado, a favor da entrega de materiais anti-homofobia a alunos de escolas públicas do país.
Soninha também criticou a atitude. “O Bolsonaro tem de perceber que as pessoas precisam ter o direito de serem respeitadas. O Bolsonaro erra ao querer que todo mundo seja heterossexual, assim como seria errado querer que ninguém fosse. É justamente por isso que temos de respeitar as diferenças.”
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