Cinqüenta por cento dos jovens de 17 anos de idade que cresceram em famílias chefiadas por lésbicas nos Estados Unidos já passaram por estigma e momentos de preconceito e bullying, porém souberam lidar com essa situação, é o que afirma um novo estudo publicado por mas foram capazes de lidar, de acordo com um novo feito por uma entidade que trata de assuntos da juventude, na Califórnia, Estados Unidos.
Uma parte fundamental do estudo revela que a média global de famílias lideradas por mães lésbicas que sofrem chacotas e ataques de preconceito não difere da média encontrada em famílias heterossexuais, o que é consistente nos estudos anteriores nesta área.
Os resultados ainda revelaram que os estudantes adolescentes eram na maioria das vezes, a fonte de comentários negativos, vítimas de provocação, ou ridicularização. Trinta por cento dos incidentes relatados ocorreram no ensino fundamental e 39 por cento ocorreram no ensino médio.
¨As descobertas sugerem que os sistemas educativos podem desempenhar um papel importante na prevenção de incidentes e estigmatização da homofobia com projetos anti-bullying¨, disse o autor do estudo, Loes van Gelderen, da Universidade de Amesterdã.
Além disso, quase dois terços dos adolescentes estudados sabem como lidar com essas situações de constrangimento, com habilidades de enfrentamento. A maioria dos adolescentes tentou se confortar, enquanto outros confrontaram os autores dos ataques para que ficasse claro que as provocações eram inaceitáveis. Alguns optam por estar com os amigos que apóiam sua situação familiar ou procuram ajuda social e contam o que acontece em suas vidas. Outros adolescentes, no entanto, usam as habilidades de enfrentamento que eram menos eficazes, como a tentativa de evitar o confronto. Por exemplo, um adolescente disse: "Eu logo aprendi a ficar de boca fechada e usar o termo ¨parents¨ (que significa pais em inglês, mas não define se são um pai e uma mãe, dois pais ou duas mães) ao invés de dizer mães.¨
No estudo, "A estigmatização associada a crescer em uma família de mães lésbicas: O que passam esses adolescentes e como eles lidam com isso?", adolescentes foram questionados sobre se tinham ou não sido tratados injustamente por causa de ter uma mãe lésbica. Os adolescentes que disseram que sim, tiveram que descrever duas ou três dessas experiências, especificando o que aconteceu, como se sentiram, o que eles disseram ou fizeram, e o que foi dito sobre eles.
Os 78 adolescentes foram retirados de famílias que estão participando do Estudo Longitudinal Nacional da Família Lésbica (NLLFS), o maior projeto de estudo sobre sobre mães lésbicas e seus filhos nos Estados Unidos. Iniciado por Nanette Gartrell, em 1986, o NLLFS examina o desenvolvimento social, psicológico e emocional das crianças, bem como as dinâmicas de famílias lésbicas planejadas.
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